1 de set. de 2018

TRANSCENDÊNCIAS



É indescritível a dificuldade de emergir de si mesmo após ser fortemente atingido por algo que parta seu coração profundamente. Sufocamos em nossas próprias palavras e ruímos silenciosamente, ainda que sob aparente tranquilidade. Voltar a viver é como renascer. E então começamos a dar pequenos passos. Tímidos. E tentamos encontrar uma forma de anunciar ao mundo que estamos vivos e queremos ser encontrados. Desejamos despertar o interesse de alguém e então... escrevemos. Escrevemos para tentar tocar alguém em qualquer lugar do mundo. Esticamos nossas mãos no vazio. Tentamos... inexoravelmente.

Bruna A. 01/09/18

30 de mar. de 2018



     FALTA TEMPO...

QUANDO TRABALHAVA ...TINHA TEMPO
AGORA QUE  ME APOSENTEI  
TENHO QUE TRANSFORMAR O TEMPO...
EM MAIS TEMPO... MAÍS NÃO É SUFICIENTE

PROCURO TEMPO ...ALGUÉM COM SOBRA?
NÃO PRECISA MUITO, PODE SER 12 HORAS
MUITO? QUE TAL OITO?...SEIS? ...4 HORAS
MENOS
 QUE ISSO? DAQUI A POUCO ...
  ESTOU DOANDO AS MINHAS HORAS...

MAS A VERDADE É QUE O TEMPO ..
CONTINUA FAZENDO FALTA...
PRECISO ME DESPEDIR
MEU TEMPO ESGOTOU...
VOLTO ASSIM QUE CONSEGUIR MAIS TEMPO.

REGINA 3/3/2018


14 de ago. de 2016

TEXTO DE SAUDADES


SSSSSSSSSSSSSSSSSaudades!!!

   SAUUUUUUUDADES!!!!!

SAUDADESSSSSSS!!!!!

SSSSSSSSAUDADES!!!!!

SA U DA DE S!!!!!

SAUDADEEEEEEEEEES!!!!!

SSSSSSSSSAAUUDDAADDEESSSSS!!!!!

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SaUdAdE

SAUDA  DE

DADEDADEDADEDADEDADE

SAU DE SAU DE

SAUDE SAUDE SAUDE

SAUDADE DE ESCREVER... AQUI!!!!!

20 de jan. de 2015

Para um flamboyant partindo

Para Raquel Souza




Sempre que penso em escrever algo, tomo como ponto de partida algum fato ou pensamento que ocorreu no passado e que merece ser rememorado. Hoje, vendo a linda foto que você tirou junto ao um pé de flamboyant em flor me trouxe à tona um texto de Caio F. Abreu que te recomendei há alguns anos (será isso tudo?), “Para um avenca partindo”. O pequeno conto, narrado em primeira pessoa, tem como cenário uma estação rodoviário onde um rapaz está se despedindo de uma moça que embarcará no próximo ônibus. Ele a descreve como uma planta, uma avenca, que ele plantou em si de forma insuspeitada, mas que cresceu descomunalmente e invadiu cada canto do seu ser. Infelizmente, para ele, ela está partindo, ele não guarda mágoas, ele entende que quando chega a hora de partir, os que ficam para trás já não importam.

Assim é crescer. Crescer é dizer adeus, formalmente ou não. Quando estamos na fase “muito ocupados” já estamos nos despedimos e nem percebemos. Quando nos damos conta, nossos interesses já são outros, nossos amigos são mais velhos, a opinião da família já não nos interessa tanto e o mundo não é mais tão legal. Começamos a ser nós mesmos. A principio, de forma desajeitada, ao longo do tempo começamos a “nos virar” e se dermos sorte, viramos qualquer coisa incorrigível, fiel a própria essência. Embora o mutável e renovável ande em voga.  

Claro que ainda há muito a dizer sobre isso, mas eu também ainda estou em descoberta.

Bruna A.

16.01.2015

19 de jan. de 2015

Dialéticas


Próxima de completar 23 anos tudo que consigo pensar é no que vai acontecer e no que poderia ter acontecido. Dilemas que destroem possibilidades. Somos o que somos e ainda assim seríamos capazes de agir de forma diferente se precisássemos reviver situações? O que nos norteia e nos limita senão a própria dialética da natureza humana?

Antecipar ou rememorar?

Pedir ou agir?

Viver ou morrer?

Publicitar ou privatizar?

Ir ou esperar?

Insistir no plano A ou rumar para o plano B?

Como saber quando acaba? Quando perceber que já não há mais o que fazer? Onde podemos encontrar todas essas respostas que nos ajudariam a termos uma vida digna e pacífica? Ou será que assim como em uma prova, aquele que faz as perguntas também é o detentor das respostas?

Entre continuar a andar por aí, sem destino, sem propósito, caminhando por milhas refletindo todos os estados de espírito possíveis. Desistir é uma opção?

Sempre esperando acontecer o que nunca acontece, sempre se afetando pelo que é ostensivo e também pelo invisível. Até quando insistir? Quem nos avisa? Quem nos salva?

Bruna A.


21 de fev. de 2014

Tenho Tempo?


Tenho Tempo?
Tempo uma incógnita
Ter tempo...  Depende pra quê.
Ao acordar organizamos nosso tempo
Mas até o tempo tem hora pra acabar
O dia passa e o tempo acompanha
Como aproveitar o tempo que sobra
Como sobra?
O tempo, sempre falta para mim.
Não dou conta de tudo que quero fazer
Tempo.. Tempo... Tempo
Tempo de acordar, despertar.
Tempo de se alimentar
E alimentar os pensamentos
Tempo para trabalhar...
Tempo de falar... Tempo de escutar
Tempo para amigos ou para desconhecidos
Todo amigo um dia foi desconhecido
Tempo de mais, tempo de menos... Tempo
Tempo suficiente para ser diferente
É necessário ter tempo pra pensar
Tempo para escutar aquele que precisa falar
Aquele que tem o seu tempo perdido
Tempo tem que ser por inteiro
Tempo para escrever algo verdadeiro
O tempo tem que sobrar para se conversar...
Com um amigo no hospital
Com alguém que saiu de um temporal
Ou aquele com um problema radical
Tem que ter tempo para criar, escrever.
Tempo para ler, sonhar e meditar.
Tempo para quem conta conosco
E deixar um pouquinho de tempo
Para alguém que precisar...

Regina M Pereira  - 21/02/2014

23 de jan. de 2014

Caligrafia

Caligrafia. Cada um tem a sua.
Da mesma forma como cada um tem sua opinião, gosto, desejo, objetivo...
Há coisas que são únicas dentro de cada um e todas elas formam o que somos e o que fazemos.
Mas a caligrafia é algo especial, diferente, e que chama minha atenção. Esta palavra deve derivar de alguma em grego ou latim, do qual não faço a mínima ideia, mas gosto de pensar nela apenas como no jeito que a pessoa escreve, nas voltas da letra, nas formas das letras... E também no que a pessoa pode estar pensando, ao escrever um bilhete para alguém; anotar com cautela uma informação que não pode ser perdida; redigir um texto... Bem legal, acho.
E ao mesmo tempo, não acho tão legal que a tal “caligrafia” esteja se perdendo. Com o avanço da tecnologia, e geralmente tendo um computador e impressora ao alcance, abrimos mão dessa arte que é escrever e fazemos uso de letras que um dia já foram idealizadas por designs e transformadas em “fonte de texto”.
Em contrapartida, entendo que os dias estejam cada vez mais corridos, e a modernização esteja aí, aumentando mais e mais. Porém, admiro a escrita, pois deixa a nossa marca registrada, mostra que pensamos em algo e colocamos ele no papel, ou onde for, com nossa letra, nosso pensamento, sendo a caligrafia feia ou bonita.
O papel está ali, a caneta também, e não precisam de energia elétrica para funcionar. Apenas da nossa imaginação, do momento, da circunstância, e claro, do es
critor.

                                                Raquel de Abreu Souza 23/01/2014

8 de out. de 2013

Tema: Conto de Fadas


Um sonho

 Hoje em dia são poucas as jovens que tem o sonho de construir família cedo. Quando isso acontece, foi um deslize ou falta de cuidado.

 Mas neste momento estou vivendo meu sonho...
 Vou ficar noiva daqui a 3 meses.

Sempre sonhei encontrar um rapaz que me amasse e tivesse   vontade de formar uma  família. Encontrei, um homem que é capaz de realizar o meu sonho em um só pedido: Quer casar comigo?

 Tudo bem não foi bem assim, que o pediu saiu, mas estamos no século  XXI o que custa a mulher dar um empurrãozinho.

Hoje estou em momento de preparo, de ansiedade, como vai ser? Como fazer?
Escolha da cor da festa, lista de convidados, o que servir?
Quem eu quero que faça parte deste momento especial?

Um festa de aniversário com uma surpresa para os convidados, o nosso noivado.
Tudo é muito novo, tudo é um sonho virando realidade.

Meu príncipe chegou, para fazer do meu mundo... Uma história de contos de fadas.

Era uma vez...
                                                                       Keila Santos

6 de out. de 2013

Tema: Contos de fadas


Parecia um conto de fadas!

Nunca a tinha  visto  tão linda!
 Ela sempre foi muito básica ao se vestir, aliás básica até demais, por isso era difícil imaginar essa cena...
 A igreja foi escolhida  a dedo “ Outeiro da Glória” eu nunca havia entrada nela. Mas era como havia imaginado, uma beleza .
Lembro-me do dia que saiu para escolher o vestido... não tinha ideia do que queria... experimentou muitos vestidos, todo tipo de feitio, fazenda e  modelo...  Até escolher aquele que a agradou. Realmente ficou muito bem parece que tinha sido feito pra ela. Ficou muito feliz já tinha resolvido quase tudo, só faltava os adereços, sandália, carteira... essas coisas são mais simples de comprar... de resolver....
O dia estava chegando tudo estava preparado, havia marcado o salão, unha, cabelo, maquiagem  ...
Ela acordou  um pouco nervosa, aquele era um dia muito especial... tomou seu café da manhã e começou os preparativos... cuidou das unhas, da pele, uma massagem pra relaxar, descansou um pouco, comeu algo leve...
Estava chegando a hora ..fez a maquiagem, o cabelo .... e agora o vestido...
Aquele era o momento especial. Estava linda! E se sentia linda... e estava mesmo...
Começou a ficar nervosa ... estavam todos lá...
A música começou a tocar... Era a sua hora de entrar, seu momento...
Deu uns três passos, seu filho pegou-a suavemente pelo braço  e foram caminhando pelo corredor  lindamente enfeitado até o altar... lá ela ficaria ao seu lado até a noiva chegar... naquele momento pensou em  tudo que viveram até estarem  ali. Ela tinha feito a sua parte...agora era por conta dele, iria agora construir sua família. Seu olhar  passeava por toda a igreja, de onde estava podia  ver  todos os convidados, estava muito feliz... Era  o casamento do seu filho...
Ela era a mãe do noivo!!!   E que mãe!!!!
Regina 30/08/2013       


Os contos de fada e o cinema

Estava lendo uma revista na biblioteca quando me deparei com um texto falando sobre os contos de fadas e suas releituras para cinema.

Lendo um livro, descobri que os contos de fadas que conhecemos não estão nas suas versões originais. Quando foram retratados para o cinema, já tinham sido distorcidos, em seu início, meio, ou fim. Por exemplo, na versão original, a Branca de Neve não comeu uma maçã envenenada, e sim ficou engasgada com um pedaço da fruta.

E assim vários estúdios de Hollywood acharam nas princesas uma "mina de ouro"...

E os contos de fadas continuam sendo modificados: recentemente nos telões, a Chapeuzinho Vermelho se apaixona pelo Lobo Mau, a Branca de Neve se une ao caçador para derrotar a bruxa má; os anões são ladrõezinhos; a "Bela" se apaixona por um garoto e não sabe que o tal garoto é a Fera; a Alice retorna ao País das Maravilhas para salvá-lo de uma grande ameaça e desiste de se casar, embarcando em Grandes Navegações; todas as princesas se veem ameaçadas pelo sumiço da Feiurinha; o mágico de Oz é um trapaceiro...

Enfim, estas modificações só reforçam o ditado que diz: "nada se cria, tudo se copia"...
                                              Raquel Souza  10 /08/2013

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                                        São princesas

       Ser princesa. Como é bom! E também é bom saber que ainda existem muitas princesas. E disfarçadas (como dizem nas redes sociais, usando fone de ouvido e All Star), na maioria das vezes, morando fora de palácios, sem coroa e sapatinhos de cristal. Sem mordomias, tendo que batalhar e conquistar tudo o que desejam, acordando cedo e se dedicando em tudo o que fazem.
      E como é fácil ser uma princesa! Ser elegante, com pequenas atitudes e palavras, dando belos sorrisos e gargalhadas, sendo fofas como bonecas ou bem duronas, firmes e decididas. Como são variadas e diversas! Como são princesas!
      Ah, princesas... que muitas vezes se iludem, mas logo estão saradas e prontas para viver novos contos de fadas.
                                                                                        Raquel Souza 11/08/2013.

30 de ago. de 2013

Contos de fadas... acho que escolhemos um tema  um pouco complexo, por isso teremos um pouco mais de tempo para escrevermos.

Aproveitamos para convidar os alunos e professores do C.E. Dorval Ferreira da Cunha, a participar deste projeto de escrita livre.

12 de ago. de 2013

Mente X Relógio








O tempo é mental ou cronológico? Ás vezes é extremamente difícil diferenciar, acredito que quando estamos refletindo estamos ganhando tempo mental (Seria uma maturidade temporal reflexiva?), mas no mundo concreto isso é considerado perda de tempo cronológico.
Quanto tempo mental perdemos planejando breves tempos cronológicos, e o tempo de superação ( na escala mental) nos recuperando da subjetividade que não existe no tempo cronológico. Porque 24 horas? Porque anos?
E a memória, o processo inverso, toda tua vida cronológica em poucos instantes mentais. De onde veio à ideia de tempo? Da natureza? Do envelhecimento? Da ansiedade da espera?
Tudo se encaixa no tempo, mesmo se não há tempo, mesmo que não se queira o tempo, ele chega, chega até quando não chega, no tempo não há tempo disso e daquilo, tempo é sempre tempo, que contamos inutilmente.
O tempo não passa, passamos nele, ele é sempre repetitivo, você nunca estará mergulhado na novidade, o agora não é o agora de agora, só uma impressão que podemos controla-lo.
Nunca temos tempo
Nunca temos idade
Nunca temos maturidade
Nunca temos experiência
Só temos ilusão, tanta que nem o tempo pode medir.

Bruna A. 12/8/2.013

11 de ago. de 2013

O tempo da solidão


Como passar o tempo?
Estar sozinha não é uma tragédia, às vezes é opção.
Mas tem aqueles dias em que nos sentimos sós, mas muito só mesmo,
Quando pensamos que ninguém terá tempo para nós, ai é grave !!!
O que fazer? Como passar o tempo?
Todos falam:
- Você tem que fazer alguma coisa...
- Mas o quê?
Tem uns que gostam de ler, outros de escrever..
Filmes ou televisão também são bons acompanhantes
Costuras, bordados, trabalhar com linhas e fios,
Todas essas coisas podem fazer você passar o tempo...
Mas se você não souber e nem gostar de nada disso?
Uma dica:
- Comece a chorar agora...  Chorar é bom... Alivia!
Mas é só pra chorar, você não deve pensar...
Quando estamos sozinhos não devemos  pensar muito,
Pois se você não tiver estrutura vai desabar de vez.
E aí para entrar em depressão não custa.
Chorou? Bastante? Você deve estar cansada...
Portanto depois que chorar... Durma um pouco, ou muito...
Chorar cansa e se dormir um pouco recupera o cansaço...
Pronto o dia já deve estar acabando.
Que tal fazer uma visita?  Não sabe quem visitar?
- Visite seus planos imediatos... o que vai fazer amanhã?
Programe, pense , vai adiantando  os seus pensamentos...
Ou então...
- Visite o seu coração... Será que está tudo bem com ele?
Quem você encontrou? Ninguém? Ou tem muita gente?
Tente resolver o que não está bom por ai... é  necessário equilíbrio
- Visite agora a sua solidão... Porque está só?
Você tem mil maneiras de não se sentir só...
Mas a melhor  e mais eficaz maneira
Não é procurar companhia em outra pessoa...
Comece agora a ser sua própria companhia..
Ainda dá Tempo!!!
 
Regina Pereira 11/08/2013

Brincando com “o tempo”...


-Olá!  Quanto tempo!

-Faz mesmo muito tempo...

-O que fez todo esse tempo?

-Bem, dei um tempo.

-E por onde andou?

-Um tempo aqui, outro ali...

-Espero não estar tomando seu tempo

-Que nada, estou com tempo

-E eu ao contrário, ando sem tempo

-Sem tempo? Tempo é o que não me falta

-Mas, o que você faz com seu tempo?

-Fiscalizo o tempo

-Tempo meteorológico?

-Qual nada, o tempo da vida...

-Tempo da vida?

-Sim, o tempo que passa..

-Bom, meu tempo está acabando

-É e meu tempo não acaba nunca

-Ainda é tempo, não quer mudar?

-Ficar sem tempo?

-Não precisa ser assim. O tempo não para.

-Até que hoje o tempo está paradinho (rsrsr)

-Você tem razão, e tem tempo também...

-Temos tempo pra tudo.

-Meu tempo acabou, preciso ir

-Espero que não demore tanto tempo pra nos vermos de novo

-Certo. Até qualquer hora ou a qualquer tempo.

 

Regina   11/08/2013

O TEMPO


 
   TEMPO

Ainda não conhecemos a eternidade.
Nascemos como se já tivéssemos um relógio, que a partir do nosso contato com o mundo desse a partida. Marca nosso primeiro passo e dentinho, o dia da nossa formatura. Registra cada conquista que realizamos.
Não há como voltar atrás, o que passou, passou, e deve ser consertado adiante.
O tempo é como um trem que nunca dá ré: prossegue sobre os trilhos do calendário, e quando nos damos conta, já é 31 de dezembro.
Temos a chance de recomeçar todos os dias, porém nós, muitas vezes não percebemos isso, não admitimos que podemos administrar o nosso tempo, fazendo coisas boas, para tornar o tempo em que estamos aqui um bom aliado para dar alegria às pessoas.
Escolhas. Esta palavra nos ajuda e muito. Ter tempo ou não, significa escolher o que fazer ou não com ele, o Tempo.
Quanto tempo tivemos.
Quanto tempo temos.
Quanto tempo ainda teremos...
 
Raquel Souza10/08/2013
 
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O tempo
Pode cicatrizar
Feridas que um dia
Algo foi capaz de deixar

O tempo
Também faz construir
Coisas planejadas
Para à tona vir

O tempo...
Como passa...
Como deixa rastros...
Como cicatriza...
Como constrói...
Como é tempo...
 
Raquel Souza  - 10/08/2013
 

5 de ago. de 2013

Sem Palavras

 As palavras não eram minhas, eu as adquiri ao ler outros autores. Estranhei-as, mesmo fazendo parte do meu texto, não as reconheci...
Para ser boa escritora é necessário ler mais, outros autores, bons autores... sugeriu uma amiga (doutora no assunto). Leitura de todo tipo: romances, contos, crônicas, poesias, noticias, textos diversos...
Não gosto de ler o que não gosto... O que me sugere? Perguntei.
Clarice Lispector, Fernando Sabino é uma delicia de ler, Moacyr Scliar...
Mas aí o texto não será meu. Quando escrevo, o faço como se fora eu o personagem principal. Sou a protagonista de uma história que também é minha, ou pelo menos parte dela.
O último texto que escrevi achei muito simples... poucas palavras... senti uma enorme solidão... um vazio.
As palavras me deixaram. Tenho que procurá-las em outros textos...
Nunca havia pensado nisso “Solidão de  Palavras”.
As palavras não são minhas, vou adquiri-las lendo outros textos.
Descobri neste momento: A Solidão!
Eu, o papel e a caneta, sem palavras nem pensamentos.
Não havia nada!!
Aos poucos elas foram chegando: uma, duas, dez, vinte e chegando... Muitas de uma só vez. Não conseguia arrumá-las, não havia ordem alguma.
O que fazer  com tantas palavras? Não conseguia pensar, juntar, ordenar... elas não se conheciam, não se chegavam, eram quase opostas ou inimigas... Parei!
Coloquei-as todas ali, juntas dentro de um caderno e resolvi: Quando precisar virei buscar algumas de vocês...
Preciso descansar agora...
Tenho um texto a escrever!

Regina 03/08/2013

Solidão

Uma vez, li na introdução de um livro que "ler é um ato solitário". Será?
Sim, penso que quando você está lendo, algum livro, revista etc., é normal querer ficar meio sozinho, num canto mais reservado. De preferência no silêncio, mas há quem goste de colocar um fone de ouvido e ter como "plano de fundo" de sua leitura uma música bem legal. Geralmente, quando você lê algo com outra(s) pessoa(s), é sinal de que você já leu aquilo e quer que o(s) outro(s) conheça(m), ou quer discutir sobre o assunto. Mas quando o caso é o contrário, ou seja, você não conhece o assunto nem o que vai ser lido, a sua interpretação é algo solitário: você, consigo mesmo, tem que tirar suas próprias conclusões, e isto é algo pessoal. É algo em que você está só, com você e você mesmo.
Mas, quando lemos, não estamos sozinhos. Nunca! A nossa imaginação tem o poder de mergulhar neste mundo da leitura, e nos vemos entre os personagens, visualizando o cenário em que eles estão, e curiosos por saber o que irá acontecer. Nossos pensamentos, ao mesmo tempo que entram numa agitação por receber tantas informações, ficam bem quietinhos assistindo tipo que uma "peça teatral", onde tudo que está sendo lido está sendo encenado bem diante dos nossos olhos. E isso não é um ato solitário. Você está cheio de pensamentos, imaginações. Está em outro mundo, cheio de coisas! Mas quando fecha o livro ou outro veículo de leitura, e olha ao seu redor, percebe que está sozinho. Ainda que esteja cercado por uma multidão, ninguém estava naquele mundo em que você esteve, e ainda que a multidão estivesse lendo o mesmo que você, cada um, ao olhar ao redor, percebe que estava sozinho, pois cada um esteve com seus próprios pensamentos e ideias, em seu mundo carnavalesco da imaginação, mas solitário.

 Raquel Sousa 04/08/2013
 

Despistando a Solidão


          Numa tarde de quinta-feira, quando fui visitar Regina e perguntei as novidades, fui logo informada de que ela e Bruna voltaram a escrever crônicas, e o tema da semana seria "despistando a solidão". Interessante! Se há algo que desejamos muito disfarçar e esconder é a solidão. Que coisinha chata... E é engraçado, pois só percebemos a solidão quando lembramos que ela existe. É algo psicológico. Estamos muito bem fazendo o que for, quando de repente, a notamos. Olhamos ao redor e não vemos ninguém, ou vemos todos e nos sentimos sós. Andar sempre com um espelhinho é ótimo, pois além de poder observar a maquiagem, admirar seu próprio rosto (talvez você esteja mesmo fazendo isso), ainda pode dar uma disfarçada e deixar o tempo passar, fingindo que está fazendo alguma coisa. Ficar olhando para as unhas (talvez você esteja sinceramente admirando suas cutículas), também é outra forma de representar que você está pensando em alguma coisa ou distraído... (rsrs). Porém essas foram algumas táticas para serem usadas no meio de muitas pessoas, mas e quando estamos em casa, sozinhos e sem fazer nada? Esse "sem fazer nada" pode ser evitado, não pode? É claro! Ter sempre um bom CD guardado pra dançar de vez em quando é bom. Pular, esticar os braços e cantar muito! Um livro de seu gosto também é imprescindível. Mas outras atividades de sua preferência tem que estar à sua disposição em casa: filmes, jogos, videogames, bordado, acesso às redes sociais... Tudo o que gostar! Afinal, existem várias pessoas que te admiram muito e tem um grande apreço por você, e nem sempre podem estar contigo. É inevitável, todos tem seus afazeres, inclusive você.                                                                                                                  O que importa é não lembrar que a solidão existe e nem falar seu nome. Ops!

Raquel Souza 05/08/2013

4 de ago. de 2013

DEVIAMOS VOLTAR A ESCREVER NO BLOG


 
        Foram essas as palavras que nos fizeram estar aqui novamente, escrevendo.  Tomada de surpresa aceitei a proposta. Há muito não escrevia, mas não poderia deixar passar. Este é um projeto antigo que devemos retomar,  ainda tínhamos que conversar, o que não demorou acontecer.
Segunda feira cheguei cedo do trabalho, Distraída estava quando o telefone tocou uma, duas, três vezes..
Atendi e qual não foi minha surpresa, era ela.
- Bom dia! Há quanto tempo...
- A Senhora vai ficar em casa?
- Sim!
- Posso lhe fazer uma visita?
- Quando?
- Hoje, daqui a pouco, pode ser?
- Estarei te esperando...
        Nos últimos tempos andava meio desanimada (solitária), mesmo com algumas visitas. Estava de férias, mas não tinha vontade de ir a lugar algum. O inverno neste ano trouxe dias muito frios, e com isso muita rigidez e pouco ânimo. Preferia ficar em casa, a ficar sentindo frio por aí. Aproveitei para concluir aqueles pequenos afazeres, que deixamos esperando para um dia de folga.
Ficando em casa não havia solidão, pelo menos não percebia sua presença, pois estava cercada de trabalho que gostava de fazer: bordar, costurar, organizar, fazer arte, pintar, ler,  escrever, gostava de escrever mesmo sabendo não ser a melhor escritora do mundo, escrevia mesmo assim, isso não importava...
        Pouco tempo depois ouço o som da campainha.
Era ela, fiquei feliz ao vê-la. Tínhamos  muitas novidades.
Colocamos o papo em dia, falamos sobre sua faculdade, os amigos em comum, o que andamos fazendo e nosso assunto predileto: livros, textos, autores... E a Biblioteca, quando voltará  a abrir? Respondi que em breve, pois estamos organizando e limpando.
Contei-lhe sobre os novos projetos da Biblioteca, até chegarmos aos Blogs, tínhamos vários e precisávamos revitalizar esse projeto. Resolvemos então retornar a escrever.
O Blog Crônicas Imediatas será o primeiro.
A proposta: Um texto por semana, com um tema. Qualquer gênero.
Tema da semana: Despistando a Solidão.
Tudo certo, ela ficou mais um pouco e se despediu, já estava ficando tarde.
Voltei a ficar só! Agora com a tarefa de voltar a escrever, acho que essa é a minha  maneira de Despistar a Solidão.

                                                         Regina M Pereira

                                                       04/08/2013