19 de set. de 2011

Pranto para comover James Joyce




Eu também via a maldita vaquinha na infância, e ela também me deixava triste, ainda que a comesse (e isso seria muito difícil) a tristeza não passaria. Talvez pela história na cidade do Rio de Janeiro (tem um povo ai que não morre nem a pau), ou o urso pardo de Pocahontas, ou talvez até mesmo pelo carneiro ferido que há mais de um ano grita em meus ouvidos diariamente. Apesar dos inúmeros avisos do telégrafo noturno, ninguém ainda pensa em suicídio.




Bruna A. 18/06/2011

Encontros e desencontros

"Já basta que a mente humana crie e recrie aquilo em que obscuramente acredita"

(Caim - José Saramargo)

 
Todos sofrem, fato. Hoje estive numa palestra ministrada pela amiga de Regina, algo diferente, me rasgou, uma visão psicológica da vida, independente da doença. Poderia resumir numa espécie de oração: Dalva me ajude a aceitar a vida como ela é, e que coisas ruins acontecem a todos, prometo que não vou me fazer de criança quando envelhecer, não vou mendigar atenção, mas me faça acreditar que o que eu passo é uma forma de aprendizado, seja o que for, desde que não seja uma forma de castigo, não é, não é ... Tenho medo. Em menos de meia hora caí num poço muito profundo, se a maioria dos que tem esperança for tão pessimista e descrente das graças divinas como eu, Deus ta bem ferrado. Eu espero as coisas melhorarem por si, é meu jeito de acreditar que tudo dá certo no final. O lance das canoas de Drummond, bem a minha remou acertadamente para o GAP esta tarde.

 
Bruna A. 16/09/2011

17 de set. de 2011

“Cada vez que uma pessoa morre, uma parte do Universo é destruída”
                                                                              ( Paulo Coelho)

Teve inicio na sexta feira, recebo uma mensagem de uma amiga, esta perdeu o avô, não sei o que responder, com a duvida nada respondo. Ela saberia que consolos vindos de mim não seriam verdadeiros, no mínimo ela espera uma das coisas loucas que costumo dizer, mas não há nada estou vazia.
Assim como ela também estou descendo ao inferno por outros motivos.
Me volta  a memória  quando nos conhecemos, eu não me importava com nada, eu não queria viver, apenas vivia de belas palavras e ela me apresentou as árvores e ria comigo. Eu realmente achei surreal (eu ainda acho!)
Ela queria sempre me ouvir e eu descobri que gostava de falar pelos cotovelos. Aos poucos descobrimos que poderíamos ter um destino diferente, disfarçadas de jovens acima de qualquer suspeita.
Imagino que agora ela esteja na Margem do rio Piedra tentando descobrir o segredo. Rodeado de todos os porquês que acabam sempre em destruição. Mas essa guerra é necessária, a solidão, as palavras vãs...
Tudo serve para dar sentido a nossa jornada e que ela sempre tem fim.
Descanse pois estamos a três quilômetros do acidente, a cerca de vinte anos não nos vemos pessoalmente, mas enquanto houver árvores você sempre estará nas minhas lembranças.
                               
                                                                       Bruna A. 24/07/2011

Palavras que não significam, nada, se ela não as ler...

15 de set. de 2011

Crônica

Minha crônica é o sobre o esquecimento.
Regina esqueceu de postar minha crônica.




Bruna A.

11 de set. de 2011

POESIAS - TEMA QUINTAL

A Monica Souto e a Raquel de Abreu aceitaram nossa proposta e fizeram a suas poesias sobre O QUINTAL
Abaixo vocês podem conferir...
E você  ainda não fez a sua?
Não quer participar também ?
Escreva e envie pro meu email.

Um abraço
Regina

O meu pé de acerola !

Eu tenho no meu quintal
Um belo pé de acerola
Que hoje está pequeno
Mas outrora inspirou muita história
                            
O meu pé de acerola
Cresceu junto comigo
Desde que me entendo por gente
Lá está ele, sorridente

O meu pé de acerola
Por mim era alimentado
Antes de ir para escola
Eu lhe dava  água e barro

O meu pé de acerola
Servia de sombra
Para eu brincar de casinha
Com as minhas amiguinhas

O meu pé de acerola
Começou a ser enfeitado
No Natal e Ano Novo
Foi o maior barato

O meu pé de acerola
Ficou mais bonito
Com muitos pisca-pisca
Que iluminava as noites de verão

O meu pé de acerola
Refrescava meu verão
E ao lado da piscina
Alegrava o coração

O meu pé de acerola
Fazia muitas delicias
Suco, sacolé e a fruta
Diversas primícias

O meu pé de acerola
Uma vez foi podado
Tirando aquela sombra
Que repousava no canto ao lado

O meu pé de acerola
Aos poucos foi crescendo
E no verão seguinte
Acerolas estávamos comendo

O meu pé de acerola
Me trás muitas lembranças
Brincadeiras emoções
Enfim, minha infância

O meu pé de acerola
Outra vez foi podado
Isto me deixou triste
Ele deve estar cansado

O meu pé de acerola
Tem muitos anos de idade
Agora eu espero ele crescer
Outra vez, e podre florescer

Meu pé de  acerola
Me trás muitas emoções
Sempre que me lembro dele
Só me falta compor canções

Eu tenho no meu quintal
Um belo pé de acerola
Que já está crescendo
Pra fazer parte da minha flora

Raquel Souza
08/09/2011

10 de set. de 2011

QUEM ME DERA

Quem me dera encontrar no meu quintal
Um rio que corre com pássaros cantando a sua volta
Saudando com alegria
A manhã de cada dia.

Quem me dera ter no meu quintal
Flores e Frutos o ano inteiro
Recordações de um tempo
Que subíamos em árvores
Sem medo, corajosos, enfrentando a vida,
Pulando dos ingazeiros
Nas bóias de bananeira.

Quem me dera ter no meu quintal
Girassóis coloridos
Saudando o dia que amanhece
Trazendo muita luz,vida e calor.

Quem me dera cultivar no meu quintal
Um pé de açaí,
Para misturar e saborear com aveia.
Proteger minha saúde,
Garantir minha energia
E espantar minha canseira.

Quem me dera ter no meu quintal
Embaixo da copa de um jambeiro,
Numa estufa natural,
Orquídeas florindo o ano inteiro.

Quem me dera ter no meu quintal
Um canteiro de alecrim dourado
Perfumando minha janela
Lembrando afetos queridos
Que o coração nunca esquece.

Não tenho mais no meu quintal
As brincadeiras e as alegrias
Elas são lembranças queridas que aquecem.
Guardo na alma ecos desses momentos,
Doce melodia trazida pelo vento.
A imagem na mente nos une aos afetos queridos.
Antes isso, do que olhar para traz, lamentar e sentir pena!

Monica de Oliveira Souto