30 de ago. de 2013

Contos de fadas... acho que escolhemos um tema  um pouco complexo, por isso teremos um pouco mais de tempo para escrevermos.

Aproveitamos para convidar os alunos e professores do C.E. Dorval Ferreira da Cunha, a participar deste projeto de escrita livre.

12 de ago. de 2013

Mente X Relógio








O tempo é mental ou cronológico? Ás vezes é extremamente difícil diferenciar, acredito que quando estamos refletindo estamos ganhando tempo mental (Seria uma maturidade temporal reflexiva?), mas no mundo concreto isso é considerado perda de tempo cronológico.
Quanto tempo mental perdemos planejando breves tempos cronológicos, e o tempo de superação ( na escala mental) nos recuperando da subjetividade que não existe no tempo cronológico. Porque 24 horas? Porque anos?
E a memória, o processo inverso, toda tua vida cronológica em poucos instantes mentais. De onde veio à ideia de tempo? Da natureza? Do envelhecimento? Da ansiedade da espera?
Tudo se encaixa no tempo, mesmo se não há tempo, mesmo que não se queira o tempo, ele chega, chega até quando não chega, no tempo não há tempo disso e daquilo, tempo é sempre tempo, que contamos inutilmente.
O tempo não passa, passamos nele, ele é sempre repetitivo, você nunca estará mergulhado na novidade, o agora não é o agora de agora, só uma impressão que podemos controla-lo.
Nunca temos tempo
Nunca temos idade
Nunca temos maturidade
Nunca temos experiência
Só temos ilusão, tanta que nem o tempo pode medir.

Bruna A. 12/8/2.013

11 de ago. de 2013

O tempo da solidão


Como passar o tempo?
Estar sozinha não é uma tragédia, às vezes é opção.
Mas tem aqueles dias em que nos sentimos sós, mas muito só mesmo,
Quando pensamos que ninguém terá tempo para nós, ai é grave !!!
O que fazer? Como passar o tempo?
Todos falam:
- Você tem que fazer alguma coisa...
- Mas o quê?
Tem uns que gostam de ler, outros de escrever..
Filmes ou televisão também são bons acompanhantes
Costuras, bordados, trabalhar com linhas e fios,
Todas essas coisas podem fazer você passar o tempo...
Mas se você não souber e nem gostar de nada disso?
Uma dica:
- Comece a chorar agora...  Chorar é bom... Alivia!
Mas é só pra chorar, você não deve pensar...
Quando estamos sozinhos não devemos  pensar muito,
Pois se você não tiver estrutura vai desabar de vez.
E aí para entrar em depressão não custa.
Chorou? Bastante? Você deve estar cansada...
Portanto depois que chorar... Durma um pouco, ou muito...
Chorar cansa e se dormir um pouco recupera o cansaço...
Pronto o dia já deve estar acabando.
Que tal fazer uma visita?  Não sabe quem visitar?
- Visite seus planos imediatos... o que vai fazer amanhã?
Programe, pense , vai adiantando  os seus pensamentos...
Ou então...
- Visite o seu coração... Será que está tudo bem com ele?
Quem você encontrou? Ninguém? Ou tem muita gente?
Tente resolver o que não está bom por ai... é  necessário equilíbrio
- Visite agora a sua solidão... Porque está só?
Você tem mil maneiras de não se sentir só...
Mas a melhor  e mais eficaz maneira
Não é procurar companhia em outra pessoa...
Comece agora a ser sua própria companhia..
Ainda dá Tempo!!!
 
Regina Pereira 11/08/2013

Brincando com “o tempo”...


-Olá!  Quanto tempo!

-Faz mesmo muito tempo...

-O que fez todo esse tempo?

-Bem, dei um tempo.

-E por onde andou?

-Um tempo aqui, outro ali...

-Espero não estar tomando seu tempo

-Que nada, estou com tempo

-E eu ao contrário, ando sem tempo

-Sem tempo? Tempo é o que não me falta

-Mas, o que você faz com seu tempo?

-Fiscalizo o tempo

-Tempo meteorológico?

-Qual nada, o tempo da vida...

-Tempo da vida?

-Sim, o tempo que passa..

-Bom, meu tempo está acabando

-É e meu tempo não acaba nunca

-Ainda é tempo, não quer mudar?

-Ficar sem tempo?

-Não precisa ser assim. O tempo não para.

-Até que hoje o tempo está paradinho (rsrsr)

-Você tem razão, e tem tempo também...

-Temos tempo pra tudo.

-Meu tempo acabou, preciso ir

-Espero que não demore tanto tempo pra nos vermos de novo

-Certo. Até qualquer hora ou a qualquer tempo.

 

Regina   11/08/2013

O TEMPO


 
   TEMPO

Ainda não conhecemos a eternidade.
Nascemos como se já tivéssemos um relógio, que a partir do nosso contato com o mundo desse a partida. Marca nosso primeiro passo e dentinho, o dia da nossa formatura. Registra cada conquista que realizamos.
Não há como voltar atrás, o que passou, passou, e deve ser consertado adiante.
O tempo é como um trem que nunca dá ré: prossegue sobre os trilhos do calendário, e quando nos damos conta, já é 31 de dezembro.
Temos a chance de recomeçar todos os dias, porém nós, muitas vezes não percebemos isso, não admitimos que podemos administrar o nosso tempo, fazendo coisas boas, para tornar o tempo em que estamos aqui um bom aliado para dar alegria às pessoas.
Escolhas. Esta palavra nos ajuda e muito. Ter tempo ou não, significa escolher o que fazer ou não com ele, o Tempo.
Quanto tempo tivemos.
Quanto tempo temos.
Quanto tempo ainda teremos...
 
Raquel Souza10/08/2013
 
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O tempo
Pode cicatrizar
Feridas que um dia
Algo foi capaz de deixar

O tempo
Também faz construir
Coisas planejadas
Para à tona vir

O tempo...
Como passa...
Como deixa rastros...
Como cicatriza...
Como constrói...
Como é tempo...
 
Raquel Souza  - 10/08/2013
 

5 de ago. de 2013

Sem Palavras

 As palavras não eram minhas, eu as adquiri ao ler outros autores. Estranhei-as, mesmo fazendo parte do meu texto, não as reconheci...
Para ser boa escritora é necessário ler mais, outros autores, bons autores... sugeriu uma amiga (doutora no assunto). Leitura de todo tipo: romances, contos, crônicas, poesias, noticias, textos diversos...
Não gosto de ler o que não gosto... O que me sugere? Perguntei.
Clarice Lispector, Fernando Sabino é uma delicia de ler, Moacyr Scliar...
Mas aí o texto não será meu. Quando escrevo, o faço como se fora eu o personagem principal. Sou a protagonista de uma história que também é minha, ou pelo menos parte dela.
O último texto que escrevi achei muito simples... poucas palavras... senti uma enorme solidão... um vazio.
As palavras me deixaram. Tenho que procurá-las em outros textos...
Nunca havia pensado nisso “Solidão de  Palavras”.
As palavras não são minhas, vou adquiri-las lendo outros textos.
Descobri neste momento: A Solidão!
Eu, o papel e a caneta, sem palavras nem pensamentos.
Não havia nada!!
Aos poucos elas foram chegando: uma, duas, dez, vinte e chegando... Muitas de uma só vez. Não conseguia arrumá-las, não havia ordem alguma.
O que fazer  com tantas palavras? Não conseguia pensar, juntar, ordenar... elas não se conheciam, não se chegavam, eram quase opostas ou inimigas... Parei!
Coloquei-as todas ali, juntas dentro de um caderno e resolvi: Quando precisar virei buscar algumas de vocês...
Preciso descansar agora...
Tenho um texto a escrever!

Regina 03/08/2013

Solidão

Uma vez, li na introdução de um livro que "ler é um ato solitário". Será?
Sim, penso que quando você está lendo, algum livro, revista etc., é normal querer ficar meio sozinho, num canto mais reservado. De preferência no silêncio, mas há quem goste de colocar um fone de ouvido e ter como "plano de fundo" de sua leitura uma música bem legal. Geralmente, quando você lê algo com outra(s) pessoa(s), é sinal de que você já leu aquilo e quer que o(s) outro(s) conheça(m), ou quer discutir sobre o assunto. Mas quando o caso é o contrário, ou seja, você não conhece o assunto nem o que vai ser lido, a sua interpretação é algo solitário: você, consigo mesmo, tem que tirar suas próprias conclusões, e isto é algo pessoal. É algo em que você está só, com você e você mesmo.
Mas, quando lemos, não estamos sozinhos. Nunca! A nossa imaginação tem o poder de mergulhar neste mundo da leitura, e nos vemos entre os personagens, visualizando o cenário em que eles estão, e curiosos por saber o que irá acontecer. Nossos pensamentos, ao mesmo tempo que entram numa agitação por receber tantas informações, ficam bem quietinhos assistindo tipo que uma "peça teatral", onde tudo que está sendo lido está sendo encenado bem diante dos nossos olhos. E isso não é um ato solitário. Você está cheio de pensamentos, imaginações. Está em outro mundo, cheio de coisas! Mas quando fecha o livro ou outro veículo de leitura, e olha ao seu redor, percebe que está sozinho. Ainda que esteja cercado por uma multidão, ninguém estava naquele mundo em que você esteve, e ainda que a multidão estivesse lendo o mesmo que você, cada um, ao olhar ao redor, percebe que estava sozinho, pois cada um esteve com seus próprios pensamentos e ideias, em seu mundo carnavalesco da imaginação, mas solitário.

 Raquel Sousa 04/08/2013
 

Despistando a Solidão


          Numa tarde de quinta-feira, quando fui visitar Regina e perguntei as novidades, fui logo informada de que ela e Bruna voltaram a escrever crônicas, e o tema da semana seria "despistando a solidão". Interessante! Se há algo que desejamos muito disfarçar e esconder é a solidão. Que coisinha chata... E é engraçado, pois só percebemos a solidão quando lembramos que ela existe. É algo psicológico. Estamos muito bem fazendo o que for, quando de repente, a notamos. Olhamos ao redor e não vemos ninguém, ou vemos todos e nos sentimos sós. Andar sempre com um espelhinho é ótimo, pois além de poder observar a maquiagem, admirar seu próprio rosto (talvez você esteja mesmo fazendo isso), ainda pode dar uma disfarçada e deixar o tempo passar, fingindo que está fazendo alguma coisa. Ficar olhando para as unhas (talvez você esteja sinceramente admirando suas cutículas), também é outra forma de representar que você está pensando em alguma coisa ou distraído... (rsrs). Porém essas foram algumas táticas para serem usadas no meio de muitas pessoas, mas e quando estamos em casa, sozinhos e sem fazer nada? Esse "sem fazer nada" pode ser evitado, não pode? É claro! Ter sempre um bom CD guardado pra dançar de vez em quando é bom. Pular, esticar os braços e cantar muito! Um livro de seu gosto também é imprescindível. Mas outras atividades de sua preferência tem que estar à sua disposição em casa: filmes, jogos, videogames, bordado, acesso às redes sociais... Tudo o que gostar! Afinal, existem várias pessoas que te admiram muito e tem um grande apreço por você, e nem sempre podem estar contigo. É inevitável, todos tem seus afazeres, inclusive você.                                                                                                                  O que importa é não lembrar que a solidão existe e nem falar seu nome. Ops!

Raquel Souza 05/08/2013

4 de ago. de 2013

DEVIAMOS VOLTAR A ESCREVER NO BLOG


 
        Foram essas as palavras que nos fizeram estar aqui novamente, escrevendo.  Tomada de surpresa aceitei a proposta. Há muito não escrevia, mas não poderia deixar passar. Este é um projeto antigo que devemos retomar,  ainda tínhamos que conversar, o que não demorou acontecer.
Segunda feira cheguei cedo do trabalho, Distraída estava quando o telefone tocou uma, duas, três vezes..
Atendi e qual não foi minha surpresa, era ela.
- Bom dia! Há quanto tempo...
- A Senhora vai ficar em casa?
- Sim!
- Posso lhe fazer uma visita?
- Quando?
- Hoje, daqui a pouco, pode ser?
- Estarei te esperando...
        Nos últimos tempos andava meio desanimada (solitária), mesmo com algumas visitas. Estava de férias, mas não tinha vontade de ir a lugar algum. O inverno neste ano trouxe dias muito frios, e com isso muita rigidez e pouco ânimo. Preferia ficar em casa, a ficar sentindo frio por aí. Aproveitei para concluir aqueles pequenos afazeres, que deixamos esperando para um dia de folga.
Ficando em casa não havia solidão, pelo menos não percebia sua presença, pois estava cercada de trabalho que gostava de fazer: bordar, costurar, organizar, fazer arte, pintar, ler,  escrever, gostava de escrever mesmo sabendo não ser a melhor escritora do mundo, escrevia mesmo assim, isso não importava...
        Pouco tempo depois ouço o som da campainha.
Era ela, fiquei feliz ao vê-la. Tínhamos  muitas novidades.
Colocamos o papo em dia, falamos sobre sua faculdade, os amigos em comum, o que andamos fazendo e nosso assunto predileto: livros, textos, autores... E a Biblioteca, quando voltará  a abrir? Respondi que em breve, pois estamos organizando e limpando.
Contei-lhe sobre os novos projetos da Biblioteca, até chegarmos aos Blogs, tínhamos vários e precisávamos revitalizar esse projeto. Resolvemos então retornar a escrever.
O Blog Crônicas Imediatas será o primeiro.
A proposta: Um texto por semana, com um tema. Qualquer gênero.
Tema da semana: Despistando a Solidão.
Tudo certo, ela ficou mais um pouco e se despediu, já estava ficando tarde.
Voltei a ficar só! Agora com a tarefa de voltar a escrever, acho que essa é a minha  maneira de Despistar a Solidão.

                                                         Regina M Pereira

                                                       04/08/2013

 

3 de ago. de 2013

Nem sempre é só mais um dia



Acredito que a melhor maneira de despistar a solidão seja viver um dia de cada vez, lutar para esquecer o abismo do dia seguinte, da semana, do fim de semana, da rotina...



Claro, essa regra não se aplica ao percentual da população, que assim como eu, optou por ela. No nosso caso, o segredo é ignorar aqueles que se incomodam conosco (Por que a solidão alheia é tão invejada?), aquele roteiro de perguntas – Por que não sai, não aceita convites, não vem nas confraternizações, não namora, não dá noticias - Eu vejo em toda essas interrogações uma única pergunta “Por que não se interessa?” .
É, por quê? Sei lá, não sei mesmo, também sofro da vontade de calor humano, mas ela nunca  ( ou raramente) é forte o bastante pra me tirar da estagnação, e é só estagnação (Não é livro, nem estudo, nem filme, é nada).
É difícil explicar a sensação de desapego que alguns jamais experimentarão, também não sei explicar o porquê de existir pessoas que não tem Deus, vontade, fome, amor, saudade, humanidade...
E não deve se confundir solidão com infelicidade, por favor, que uma coisa não tem nada a ver a com a outra, acredito que seja ao contrário, solidão é estar feliz sozinho, ou descobrir que se está sozinho de qualquer forma. Acredito que nós, parcela solitária da população, só antecipamos a conformação do inevitável, que as eternas ‘companhias’ tentam esquecer.


03/08/2.013   Bruna A.