5 de ago. de 2013

Sem Palavras

 As palavras não eram minhas, eu as adquiri ao ler outros autores. Estranhei-as, mesmo fazendo parte do meu texto, não as reconheci...
Para ser boa escritora é necessário ler mais, outros autores, bons autores... sugeriu uma amiga (doutora no assunto). Leitura de todo tipo: romances, contos, crônicas, poesias, noticias, textos diversos...
Não gosto de ler o que não gosto... O que me sugere? Perguntei.
Clarice Lispector, Fernando Sabino é uma delicia de ler, Moacyr Scliar...
Mas aí o texto não será meu. Quando escrevo, o faço como se fora eu o personagem principal. Sou a protagonista de uma história que também é minha, ou pelo menos parte dela.
O último texto que escrevi achei muito simples... poucas palavras... senti uma enorme solidão... um vazio.
As palavras me deixaram. Tenho que procurá-las em outros textos...
Nunca havia pensado nisso “Solidão de  Palavras”.
As palavras não são minhas, vou adquiri-las lendo outros textos.
Descobri neste momento: A Solidão!
Eu, o papel e a caneta, sem palavras nem pensamentos.
Não havia nada!!
Aos poucos elas foram chegando: uma, duas, dez, vinte e chegando... Muitas de uma só vez. Não conseguia arrumá-las, não havia ordem alguma.
O que fazer  com tantas palavras? Não conseguia pensar, juntar, ordenar... elas não se conheciam, não se chegavam, eram quase opostas ou inimigas... Parei!
Coloquei-as todas ali, juntas dentro de um caderno e resolvi: Quando precisar virei buscar algumas de vocês...
Preciso descansar agora...
Tenho um texto a escrever!

Regina 03/08/2013

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