3 de ago. de 2013

Nem sempre é só mais um dia



Acredito que a melhor maneira de despistar a solidão seja viver um dia de cada vez, lutar para esquecer o abismo do dia seguinte, da semana, do fim de semana, da rotina...



Claro, essa regra não se aplica ao percentual da população, que assim como eu, optou por ela. No nosso caso, o segredo é ignorar aqueles que se incomodam conosco (Por que a solidão alheia é tão invejada?), aquele roteiro de perguntas – Por que não sai, não aceita convites, não vem nas confraternizações, não namora, não dá noticias - Eu vejo em toda essas interrogações uma única pergunta “Por que não se interessa?” .
É, por quê? Sei lá, não sei mesmo, também sofro da vontade de calor humano, mas ela nunca  ( ou raramente) é forte o bastante pra me tirar da estagnação, e é só estagnação (Não é livro, nem estudo, nem filme, é nada).
É difícil explicar a sensação de desapego que alguns jamais experimentarão, também não sei explicar o porquê de existir pessoas que não tem Deus, vontade, fome, amor, saudade, humanidade...
E não deve se confundir solidão com infelicidade, por favor, que uma coisa não tem nada a ver a com a outra, acredito que seja ao contrário, solidão é estar feliz sozinho, ou descobrir que se está sozinho de qualquer forma. Acredito que nós, parcela solitária da população, só antecipamos a conformação do inevitável, que as eternas ‘companhias’ tentam esquecer.


03/08/2.013   Bruna A.

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