31 de ago. de 2011

QUINTAL

PAULO MAC INTYER 25 AGO 2011

Tivesse eu no meu quintal,
um pequenino pé de rosas,
- que poderiam ser vermelhas,
amarelas, brancas ou rosáceas-,
jamais iria olhar as rosas vizinhas.

Tivesse eu no meu quintal,
uma arvore de mangueira,
- espada, coquinho, manteiga,
rosa, adden ou até bourbon -,
jamais iria provar manga outra.

Tivesse eu no meu quintal
um pequeno pé de laranja,
- que poderia ser lima, pérsia,
pêra, seleta, bahia ou bahiana-,
jamais chuparia laranja do mercado.

Tivesse eu no meu quintal,
uns poucos pés de eucalipto
- altos como se usassem salto,
e com sua melodia advinda do vento,
jamais iria ouvir outra musica.

Tivesse eu no meu quintal
um enorme pé tamarindeiro,
- por mais azedo ki fosse,
mesmo não usando todo dia -,
jamais ousaria comprar tamarindo.

Tivesse eu no meu quintal,
um pequeno coqueiro anão,
- mesmo que sua produção
fosse fraca, pouco por semana,
jamais comeria outro coco
( mesmo ki fosse na praia ).

Tivesse eu no meu quintal
uma enorme jabuticabeira,
- as frutas agarradas na arvore
sempre dando o ano inteiro-,
jamais queria saber de outra.

Tivesse eu no meu quintal
uma garantida trepadeira
- poderia ter ou não espinhos,
mas sempre a dar flores -,
jamais pensaria noutra trepadeira.

Tivesse eu no meu quintal
um arbusto de sândalo,
- que perfuma o machado
que o fere, por inteiro -,
jamais me seduziria poutro cheiro.

Tivesse eu no meu quintal
dois frondosos jequitibás-rosa
- onde colocaria minha rede
de cochilar gostoso a tarde -,
jamais procuraria outro aconchego.



PAULO MAC INTYER 25 AGO 2.011

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