8 de set. de 2010

Reflexões em torno de uma vela

Hoje, quarta-feira (coincidência?), iniciei a leitura de um livro chamado O mundo de Sofia, onde a protagonista recebe uma carta contendo a seguinte pergunta: Quem é você? Ela é Sofia, óbvio. Mas essa pergunta me fez refletir, a identidade é baseada em nosso nome? O nome que recebemos contém um conjunto de características que são iguais aos que tem nome idêntico? Creio que não. Prossegui a leitura, a heroína recebe nova carta desta vez a pergunta é: De onde vem o mundo? Do Big Bang, ou para os mais ingênuos, a criação veio de Deus. Não cheguei à próxima correspondência, chuva forte, ventos e falta de luz. Acendi uma vela, pensei que retornar a leitura, mas a chama ilumina muito pouco, e eu não tenho uma visão excelente faz tempo... De repente me veio à mente uma sala obscura, com objetos mágicos e feiticeiros estudando o tão cobiçado Grimorium Verum, hoje totalmente disponível e desmoralizado em versão pdf. Logo eu que tenho uma fobia feroz e assumida por coisas sobrenaturais, mas Sofia me fez refletir que a vida real também é misteriosa, talvez até mais. Mas pensar nisso me dá certo mal estar. Como disse Clarice Lispector um pouco antes de morrer: Ser criança é sempre mais fácil, pois se tem fantasia, mas o adulto é secreto, e quase sempre triste e solitário.
Bruna A.

Nenhum comentário:

Postar um comentário